APRESENTAÇÃO E  RESUMO DAS AÇÕES DO PROGRAMA DE DEFESA E VALORIZAÇÃO DA MULHER

Criada em 2016 com a finalidade de defender o meio ambiente e proporcionar às comunidades atividades que contribuam para o desenvolvimento social e humano, a Associação Ambiental Cultivar iniciou em outubro de 2010 o Programa de Defesa e Valorização da Mulher (cultivando ações em populações de vulnerabilidade social e econômica). O presente Programa, há 16 meses, busca tratar de temas relevantes quanto à valorização e defesa da mulher em alguns municípios do Sul de Minas, a saber: Machado, Poço Fundo, Carvalhópolis, Paraguaçu, Elói Mendes, Cabo Verde, Boa Esperança, Coqueiral e, no norte de Minas nos municípios de Januária e Cônego Marinho. Com relação aos diversos desafios para esse público feminino, no que diz respeito à sua vulnerabilidade social e econômica, busca amplo debate quanto às diversidades, rede de acolhimento, capacitação profissional, produção de renda e inserção no mundo do trabalho, contribuindo para uma atuação na construção da autonomia, por meio de diversas vozes no seu lócus de convivência, com a efetivação de projetos a serem gerados a partir das diferentes vozes dessas próprias mulheres.

Palavras-chave: Capacitação Profissional, Cidadania, Emancipação, Empoderamento, Proteção Social.

JUSTIFICATIVA

A partir do “Projeto Preservando Vidas”, o qual envolveu 150 mulheres voluntárias (costura e embalagem), dos municípios do Sul de Minas: Machado, Poço Fundo, Carvalhópolis e a Cooperativa dos Produtores de Paraguaçu (COOMAP); nos foi apresentada uma realidade de vulnerabilidade social, crise de autoestima e situação de preconceito e violência vivenciada por algumas mulheres envolvidas no projeto; bem como, diversas narrativas de situações dessa estirpe nos bairros onde residem (urbano e rural – com referência às outras mulheres). 

Cury (2017) destaca que “a construção de uma Inteligência Socioemocional, a partir da teoria multifocal (de sua mesma autoria), nos move a dois grandes compromissos, a dois grandes romances: o romance com a humanidade e, o romance com a vida:

Quem desenvolve tal inteligência tem a convicção que os fenômenos que constroem cadeias de pensamentos em milésimos de segundo, sem a participação consciente do ‘EU’, estão presentes em cada ser humano e, portanto, denunciam que somos mais iguais que imaginamos. (…). Nenhuma de nossas diferenças depõe contra nossa única essência. Por isso devemos lutar contra todo tipo de discriminação. A Inteligência Socioemocional também requer um romance com a vida. (…). A vida é belíssima e aparecem e logo se dissipam aos primeiros raios solares do tempo. Somos fagulhas vivas que cintilam durante poucos anos no cenário da existência e depois se apagam tão misteriosamente quanto se acenderam (CURY, 2017, p. 126-127.).

Conhecedoras que são da realidade específica da sua região, essas mulheres poderão ser formadas como agentes multiplicadores que, terão por missão, o contato e convite à outras mulheres em situação de vulnerabilidade socioemocional e econômica, em participar do Programa e, com isso, por meio da cidadania deliberativa, indicar os Projetos Sociais que precisarão ser construídos. 

A importância do Programa, se dá, quanto ao combate da escassez de espaços de decisão que permitam a interação da sociedade, priorizando o despertar, na população feminina, o interesse e, a necessária mobilização, no intuito de assegurar a concretização da plena participação, favorecendo o exercício da cidadania deliberativa.

Ressalta-se que, na perspectiva desse Programa, a participação é entendida como o caminho para o exercício da cidadania deliberativa, que, nos termos de Habermas (1987), legitima decisões políticas, “a partir de ações que valorizem os processos de discussão, orientados pelos princípios da inclusão, do pluralismo, da igualdade participativa, da autonomia e do bem comum (TENÓRIO et al., 2008, p.9)”.

Desta forma, com a clareza que essa realidade nos é apresentada, a Associação Ambiental Cultivar, propõe a criação do “Programa de Valorização e Defesa da Mulher: Cultivando Ações em Populações de Vulnerabilidade Social e Econômica”; donde serão originalizadas diferentes ações com diversos projetos. 

Um Programa que visa mobilizar e organizar grupos de mulheres, para que elas sejam agentes de sua própria história, auxiliando às demais, em suas comunidades, na produção e efetivação de diferentes e, possíveis novos Projetos, cada qual, de acordo com as necessidades apresentadas na sua própria região. 

Atenta aos fatos e necessidades da população, a Associação Ambiental Cultivar, frente a esse desafio, viabiliza o citado Programa, no qual se considera a importância de uma ação efetiva, pois que, 

O encadeamento se revela na fragmentação da Filosofia da Ação Humana, desdobrada em três níveis diferentes de consideração da realidade. Ela se apresenta como uma Filosofia da História, quando procura associar o presente ao passado e descobrir as ‘leis’ do desenvolvimento do espírito humano. Ela se torna uma Filosofia Social, quando pretende evidenciar as funções ‘civilizadoras’ da vida em sociedade, estabelecendo as primeiras vinculações dinâmicas, de sentido universal, da natureza humana com as situações de convivência social; e quando se volta para a questão social, de cuja análise retira o caráter de Filosofia das condições atuais de existência humana e do seu devir. Ela assume as proporções de uma Filosofia Política, quando liga, por meio de análise e da crítica dos sistemas políticos modernos, os resultados dos tipos de reflexão e de indagações filosóficas, a que poderiam conduzir a Filosofia da História e a Filosofia Social (Fernandes, 2008 in Foracchi & Martins, p. 13.).

Mediante esses aspectos citados, buscando manter “vinculações dinâmicas”, a Associação Ambiental Cultivar, tem em mente que, isso “não é somente uma sugestão que dá certo”, mas o caminho que vai garantir o empoderamento feminino, daquelas em situação de vulnerabilidade social e econômica e, como consequência disso, a sustentabilidade da ação. 

Afinal de contas, um bom Programa Social, precisa ter começo, meio e fim e, sua continuidade, não cabe somente aos técnicos, mas ao público em vulnerabilidade, assistido pelos futuros projetos sociais a serem desenvolvidos, devendo ser parte essencial da ação; pois, é a própria assistida e demais pares que irão monitorar, modificar, adaptar e, até criar novos projetos, a partir das avaliações realizadas; pois os problemas de uma comunidade, sejam eles  na área social ou em qualquer outra instância, é algo bastante amplo, que vai depender, principalmente, da necessidade que as pessoas têm em um dado momento, por meio de ações de uma “cidadania deliberativa”.

Em sua forma mais básica,

(…) empatia é a capacidade de sentir o que o outro sente. Como pais dotados de empatia, ao ver nossos filhos chorarem, conseguimos nos ver no lugar deles e sentir sua dor. Ao vê-los irritados, batendo o pé, podemos sentir a frustração e, a raiva que eles sentem (GOTTMAN & DeCLAIRE, 1997, p. 77.).

Isto posto, pelo presente Programa, balizado por meio da construção da cidadania deliberativa, entre os pares do público alvo, como também, como demais parceiros, a Associação Ambiental Cultivar, viabilizou Acordo de Cooperação Mútua, com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria de Combate à Violência da Mulher (COMSIV) e, constrói parcerias com demais empresas, entidades, ONGs e, Instituições da região.

OBJETIVOS 

OBJETIVO GERAL

– Valorizar a dignidade humana em sua concepção integral, a partir da defesa de valores de emancipação da mulher, do direito à vida e, respeito à diversidade, favorecendo a construção de uma cidadania plena.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

– Combater a violência e a discriminação sofrida pelas mulheres;

– Promover a igualdade entre homens e mulheres, combatendo todas as formas de preconceito e, discriminação herdadas de uma sociedade patriarcal e excludente;

– Incentivar a inserção no mundo do trabalho por meio de capacitação profissional;

– Fomentar o empoderamento da mulher, na construção do domínio sobre a sua própria vida, construindo decisões no que lhe diz respeito.

DIFERENCIAIS DO PROGRAMA DE DEFESA E VALORIZAÇÃO DA MULHER

QUALIDADE

Em se tratando de ser um Programa, atuando nas áreas urbanas e rurais dos municípios de Machado, Poço Fundo, Carvalhópolis, Paraguaçu, Elói Mendes, Cabo Verde, Bom Repouso e, Coqueiral, no Sul de Minas Gerais e, no norte de Minas, nos municípios de Januária e Cônego Marinho, destaca-se que, como método “do meio para o meio”, considerando ainda que a “mulher é a porta de entrada”, diante de toda uma realidade social, a partir das suas próprias vozes, serão construídos diversos projetos. Esses, por sua vez, nortearão a construção de uma cidadania deliberativa; à qual é, transição para uma “cidadania plena”. Há que se destacar que, além da efetivação de diversos projetos que visam à qualificação profissional, como também ao associativismo, na construção de uma cidadania deliberativa, os projetos se estendem, junto às Organizações Públicas, quanto à melhoria e produção de políticas públicas, de acordo com as “vozes” dessas próprias mulheres.

RELEVÂNCIA

Destacam-se cinco relevâncias. A primeira relevância, enquanto práticas construtivas de formação / atualização / capacitação de lideranças femininas, na própria comunidade, concomitante à emancipação das mulheres em situação de vulnerabilidade. O Programa versa em rodas de conversas, palestras e formação humana com tematizações em Neurociências, Gestão de Negócios, Psicologia Social, Inserção na rede de Assistência SUAS, Qualificação Profissional, Associativismo e, Comunicação Não Violenta (CNV), no Combate contra à Violência (em todas as formas), sofrida pelas mulheres. 

Como segundo fator relevante, a construção da proximidade da população em geral, não somente as mulheres atendidas, junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com uma palestra mensal de um representante da Coordenadoria de Combate a Violência da Mulher (COMSIV). Essas palestras mensais acontecem abertas ao público em geral.

A partir dessa prática interativa junto à COMSIV – TJMG, apresenta-se um terceiro fator relevante: a palestra efetivada é “recortada” em diversos programas midiáticos – ao qual são chamadas, nesta linguagem de “pílulas midiáticas” de até 8 minutos. Gerou-se o “Projeto Quarta Rosa”. A tematização de determinada palestra da COMSIV-TJMG, é transformada em 10 a 15 programas, editados, com música referente ao tema debatido e, concomitante, com pequena fala do palestrante. Esse material “sobe” para as redes de comunicação, toda quarta-feira; ao mesmo tempo que é disponibilizado para as escolas da região. Com isso, os professores tem rico material para debaterem, junto com os alunos de 8º – 9º anos e Ensino Médio, temas relevantes.

Um quarto fator relevante é que, a partir da experiência dos Tribunais de Justiça, adequou-se, à realidade local, a proposta do chamado “Circuito Virtuoso”. O Programa foi elaborado com três etapas cruciais: “Circuito Pré-Virtuoso” – momento em que são feitos os contatos, a busca ativa de mulheres líderes (ou com papel preponderante na vida comunitária), em cada lócus; como também, o estabelecimento de parcerias com outras Instituições, para apresentação do Programa e motivação de ação comunitária (média de 2 meses). A segunda etapa é o “Circuito Virtuoso” (média de 5-6 meses, dependendo da realidade cultural do lócus). Momento em que, semanalmente, esse grupo de mulheres “líderes”, passam por formação e informação jurídica, de associativismo, de neurociências, psicanálise, psicologia, assistência social em rede e, de liderança comunitária. Na terceira etapa, se inicia o “Pós-Circuito Virtuoso” – momento de aplicabilidade de Planejamento Participativo. Nesta etapa acontece a “busca ativa”, contato com as mulheres vulneráveis, construção de vínculos, estabelecimento de prioridades, encaminhamentos de casos urgentes à rede de assistência SUAS e, por conseguinte, efetivação de diversos projetos para a qualificação profissional e cooperativismo; bem como, a indicação de ações diversas para as políticas públicas. Nesta etapa do “Circuito Pós-Virtuoso”, as próprias mulheres, conhecedoras que são do seu lócus, metodologicamente, dividem toda a área da sua comunidade em setores. O grupo de mulheres líderes é subdividido de acordo com os setores criados. Novos atores são chamados a serem coparticipes.

Como quinto fator relevante, a partir das experiências judiciárias do Circuito Virtuoso e das Práticas da Justiça Restaurativa, os subgrupos de mulheres “líderes”, nos seus setores, iniciam reuniões grupais ou individuais, com mulheres em situação de vulnerabilidade, propiciando momentos de resgate da dignidade e, busca de informações, construção de pensamento para propostas de políticas públicas, bem como efetivação de projetos de ação para qualificação profissional junto ao terceiro setor, numa prática restaurativa do ser humano, de acordo com as orientações da COMSIV-TJMG, quando por suas palestras.

Como sexto fator relevante, o Programa tem desenvolvidos diversos projetos e ações sociais na capacitação profissional visando a geração de renda e trabalho, a segurança alimentar e, o associativismo, tendo a mulher como protagonista.

ALCANCE SOCIAL

O Programa conta, atualmente, com grupos de mulheres nas Comunidades Rurais e Urbanas de Machado (MG), Douradinho, Ouvidor, Campo Alegre, Pinhalzinho, Santa Luiza, Cachoeirinha, Vila Centenária, Prainha, Jardim Bela Vista e Caiana; como também, em Carvalhópolis, Poço Fundo, Paraguaçu, Elói Mendes, Cabo Verde, Boa Esperança e, Coqueiral, ao todo, com “180 mulheres líderes de comunidades”. Por meio dessas próprias “mulheres líderes”, cada lócus é dividido em pequenos setores, com o cadastramento de mulheres em situação de vulnerabilidade e, seus demais familiares. 

Destaca-se que, com os cursos de capacitação profissional, reuniões e palestras, estão sendo incubadas oficinas de corte e costura, inserção no mundo do trabalho na área de eletricistas e cuidadoras de idosos; como também, a expansão de hortas comunitárias e familiares visando a segurança alimentar, além dos cursos de produção de doces e salgados viabilizando a geração de renda.

O Programa, pretende, ao longo de 60 meses, nestes municípios, atingir 6.100 mulheres, com ensino fundamental incompleto, chefe de família, com domicílio fixo (não acolhidas em albergues, abrigos etc.), com filhos menores de 15 anos e, com renda econômica, em população com vulnerabilidade econômica e social, ou propensa vulnerabilidade, com moradia concentrada em áreas rurais e nos bairros urbanos, correspondente à 65% da população dos quatro municípios. 

Categorização:

• Mulheres com renda até R$ 510,00

• Mulheres com renda de R$ 510,00 até R$ 755,00

• Mulheres com renda de R$ 755,00 até R$ 1.020,00

• Mulheres com renda de R$ 1.020,00 até R$ 1.750,00

REPLICABILIDADE

A replicabilidade e a transferibilidade deste Programa, são o potencial dos projetos serem replicados e transferidos no decorrer e, após a sua implementação. Isto vem sendo vivenciado a cada momento.

O Programa buscou, junto ao Movimento “Rosa Mística”, parceria. O citado Movimento produz 250 marmitex/dia para jantar de famílias vulneráveis. Desta forma, numa ação de “mão dupla”, se por um lado o “Movimento” produz marmitex de jantar (e tem o cadastro dessas famílias), por outro lado, o Programa auxilia, mensalmente com o custeio dessas marmitex e, utiliza-se do cadastro das famílias vulneráveis e, do sistema de “vínculos” construídos, pelo próprio “Movimento”, buscando assim, a interatividade e formação de novos grupos de mulheres.

O Programa está desenvolvendo, junto às escolas públicas e privadas dos citados municípios, debates para a implementação do Projeto “Quarta Rosa”, como proposta pedagógica para efetivação com alunos e alunas de 8º e 9º anos e Ensino Médio. Mensalmente, a COMSIV (TJMG), propicia uma palestra com um de seus representantes ou convidados (Juízes de Direito), com temas como: “Feminicídio”, “Comunicação Não Violenta”, “Machismo e Racismo”, “Violência Contra a Mulher Idosa”, “Grupos Restaurativos para Homens”, etc. Estas palestras são amplamente divulgadas e abertas ao público, em geral. Cada uma dessas palestras, de forma didática, tem seu conteúdo fragmentado em “Pílulas Midiáticas” – pequenos programas midiáticos em até 8 minutos, contemporizando “uma fala” do palestrante adicionado de um clipe musical (na linguagem jovem). Para cada palestra, são produzidos 10 a 15 programas midiáticos, os quais se intitulam no Projeto “Quarta Rosa” – resultado das palestras. Com os diretores escolares são estabelecidas metas e ações em como aplicar esse material pedagógico, junto aos alunos. O público estudantil é de 40.000 pessoas nestes municípios anteriormente elencados.

De maneira bastante significativa, o Programa atua também no norte de Minas, na região de Montes Claros, nas comunidades de Januária (Berçário Piscicultor do Rio São Francisco) e Cônego Marinho (Mulheres da Cerâmica Artesanal do Candeal), com elaboração de projetos e assessoria técnica em forma virtual, influenciando significativamente na ressignificação do processo de associativismo naquela região, para a geração de renda e trabalho.

Outra replicabilidade, acontece por meio da COMSIV (Coordenadoria de Combate Contra a Violência) – TJMG e demais parceiros, na expansão do Programa nas Comarcas do Sul de Minas, como citado anteriormente, em Elói Mendes, Cabo Verde, Boa Esperança e Coqueiral.

RESULTADOS

No momento, já são 16 grupos de mulheres constituídos, com reuniões semanais e cursos de capacitação profissional, além das palestras mensais da COMSIV. A capacitação profissional acontece em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas – Campus Machado, ao qual, após realizadas, inicia-se o processo de incubadoras e, se constituem em Associativismo para comercialização dos produtos.  

Outra ação, está sendo feita em momento emergencial, é a distribuição de cestas básicas para as mulheres vulneráveis e, respectivas famílias do cadastro que é realizado em cada localidade, pelas próprias mulheres do Programa. 

Atendimento diário, individualizado, pelos técnicos da Associação Ambiental Cultivar (Assistente Social, Educador Social, Psicóloga, Enfermeira, Comunicador Social e Neuropedagogo), junto às mulheres “líderes” e “vulneráveis”, em aconselhamento e encaminhamento para a rede SUAS e demais ações. Em parceria com o respectivo município, casos específicos são encaminhados para a rede do SUAS e da Secretaria de Saúde (CRAS, CREAS, NAPS). É muito positivo o resultado que está sendo obtido com o atendimento individualizado das mulheres, junto à equipe técnica da Associação Cultivar, nos princípios do Programa de Defesa e Valorização da Mulher.

Outro resultado a destacar, foi o encaminhamento, junto ao legislativo do município, para a criação de uma delegacia de mulheres (indicação para políticas públicas / cidadania deliberativa), por uma das mulheres, eleita ao legislativo e, pertencente ao grupo de “mulheres líderes”.

Por fim, a que se destacar como resultado, desde o início do Programa, até a presente data, os seguintes resultados em 19 meses de atuação: 42 projetos e ações sócio-educacional-cultural-histórico-ambiental  e, capacitação profissional e segurança alimentar, 1.250h de cursos de capacitação profissional (com a formação de 1.050 novos profissionais), 14 palestras pela COMSIV e, 278 reuniões de formação humana e valorização e defesa da mulher; resultando na criação do Projeto Escola da Fábrica, visando o atendimento da formação de mão de obra especializada, de acordo com as demandas de cada município.

CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO

Considerando que a criatividade é o momento em que reunimos as referências, idealizamos um produto (Programa de Valorização e Defesa das Mulheres) e, até o desenhamos; por isso, aporta, os citados critérios por estar sendo desenvolvido desde 1º de outubro de 2020, na prática. Não é apenas um produto criativo. A inovação, do citado Programa, já está acontecendo, de forma prática; pois que, a ideia, já é mensurada na prática – o valor já está gerado.

Na “criatividade”, o Programa contém etapas e técnicas, para a ação, junto às mulheres, em potencial de “liderança” e, em “situação de vulnerabilidade”. O Programa está estabelecido para a construção da cidadania deliberativa, em três etapas distintas, mas interligadas entre si:

– Circuito Pré-Virtuoso;

– Circuito Virtuoso;

– Circuito Pós Virtuoso.

No Circuito Pré-Virtuoso, acontecem reuniões com mulheres líderes e engajadas de determinada comunidade. Também nessa etapa, são estabelecidas parcerias com demais Instituições ou ONGs. Essa etapa, dura em média, 60 dias. Constituídas as parcerias e o grupo de, cerca de 10 mulheres, com liderança e engajamento comunitário, inicia-se o Circuito Virtuoso. Nesta segunda etapa, essas mulheres participam de um processo de formação e atualização (semanal) com tematizações diversas: neurociências, psicologia social, rede de assistência social e de saúde, jurídica, administrativa em gestão de negócios, comunicação não violenta (CNV), teoria do conflito, temas diversos sobre a violência contra a mulher, associativismo, justiça restaurativa e, planejamento participativo. Esta etapa tem o tempo de seis meses. Na terceira etapa, Circuito Pós Virtuoso, as mulheres líderes, realizam o mapeamento da sua comunidade, em setores, cadastrando, de forma técnica, as mulheres vulneráveis. Iniciam-se os processos de estabelecimento de vínculos e debates sobre as questões pertinentes à este grupo. Concomitantemente, ocorrem atendimentos individualizados em psicologia social e assistência social e, respectivos encaminhamentos à rede de assistência social e de saúde. Elaboram-se projetos e, novas parcerias são construídas, para implementação e efetivação destes; bem como, o encaminhamento de sugestões e ações para o setor público. Também acontecem, nesta etapa, a realização de fóruns de debates, enquanto consulta pública.

A grande inovação é, não só trabalhar com a “cidadania representativa e participativa”; mas, construir a “cidadania deliberativa”, onde as partícipes, atuam na indicação das políticas públicas, a serem implementadas, para com sua própria comunidade, junto aos órgãos públicos. Por conseguinte, na ação cidadã, das indicações para políticas públicas, a mulher, deixa de sua situação de vulnerabilidade e, passa a vivenciar, a construção de um processo de emancipação, na “cidadania ativa e plena”. Prova disso, a atuação da vereadora eleita, do grupo de mulheres, dado município. A “cidadania deliberativa” está se construindo por meio dessa “voz feminina” – exemplo para os demais grupos de mulheres (que também estão num processo de construção) – inovação.

Hoje o Programa de Defesa e Valorização da Mulher conta com um Conselho Central, composto por 2 representantes de cada um dos grupos constituídos.

 

PARCERIAS

Coordenadoria de Combate a Violência Contra a Mulher (COMSIV – TJMG) – Belo Horizonte (MG); Paróquia Sagrada Família e Santo Antônio – Machado (MG); Paróquia São Sebastião – Carvalhópolis (MG); Paróquia São José – Machado (MG); Paróquia N. Sra. da Assunção – Cabo Verde (MG); Paróquia N. Sra. das Graças – Boa Esperança (MG); Paróquia Sta. Rita – Boa Esperança (MG); Paróquia N. Sra. das Dores – Boa Esperança (MG); Grupo MUPE (Juventude Unida pelo Evangelho) – Poço Fundo (MG); Cooperativa Agropecuária Mista (COOMAP) – Paraguaçu (MG); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF SUL DE MINAS) – Machado (MG); Instituto Lékè – São Paulo (SP); Sociedade São Vicente de Paulo – Carvalhópolis (MG); Conselho Central da Conferência São Vicente de Paulo – Boa Esperança (MG); Rádio Difusora Live – Machado (MG); Folha Machadense – Machado (MG); Prefeitura Municipal – Machado (MG); Prefeitura Municipal – Poço Fundo (MG); Prefeitura Municipal – Carvalhópolis (MG); Prefeitura Municipal – Paraguaçu (MG); Prefeitura Municipal – Elói Mendes (MG); Souza e Cambos Tecelagem – Elói Mendes (MG); Rotaract – Machado (MG); Caic Sta. Luiza – Machado (MG); Fazenda Caiana – Machado (MG); E. E. Gabriel Odorico – Machado (MG); E. E. de Douradinho – Machado (MG); E. E. João de Paula Caproni – Carvalhópolis (MG); E. E. Padre Anchieta – Coqueiral (MG); ADM.Com – Coqueiral (MG); ANOC – Boa Esperança (MG); Centro de Reabilitação Caminho de Luz – Machado (MG); E. E. Gabriel Odorico – Machado (MG); CAIC Sta. Luiza – Machado (MG); Penha Agropecuária / Fazenda Caiana – Machado (MG). Vila Centenária / Congadeiras de Sta. Efigênia – Machado (MG).

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                                      Reconhecimento

ASSOCIAÇÃO CULTIVAR DE MACHADO CONQUISTA PRÊMIO VIVIANE AMARAL NO CNJ.

Programa de Defesa e Valorização da Mulher

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou nesta terça-feira, 14 de dezembro, a 61ª Sessão Extraordinária, presidida pelo Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal Federal e do mesmo Conselho Nacional de Justiça. Ao final da pauta, em sessão solene, foram anunciados os vencedores do Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral. A iniciativa dá visibilidade a ações bem sucedidas de tribunais e da sociedade em combate à violência doméstica. A premiação foi criada para homenagear a juíza do Rio de Janeiro Viviane do Amaral, morta a facadas pelo ex-marido em dezembro do ano passado.O Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral, busca visibilidade a ações para prevenir e enfrentar a violência contra mulheres e meninas, recebeu 83 inscrições. Os projetos foram analisados pela Comissão Avaliadora. Os vencedores foram anunciados neste dia 14 de dezembro/2021, em Sessão extraordinária do Conselho Nacional de Justiça.

A Associação Ambiental Cultivar, através do Programa de Defesa e Valorização da Mulher, concorreu ao Prêmio Viviane Amaral com outros 82 projetos e se classificou e conquistou a 3ª colocação em todos os cinco critérios previstos:

A – Qualidade

;B – Relevância;

C – Alcance Social;

D – Replicabilidade;

E – Resultados;

F – Criatividade e Inovação.

A conquista deste prêmio reforça ainda mais o compromisso da Cultivar com as ações socioambientais, equidade e responsabilidade social.

 

           

 

 

 

 

 

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                                                             TÍTULO DE CIDADÃO BENEMÉRITO

 
 

No dia 19 de outubro de 2021, o empresário machadense Luiz Henrique de Almeida Penha recebeu o título de “Benemérito” das mãos do Reitor Prof. Marcelo Bregagnoli tendo o Conselho Superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, após deliberação e aprovação, em reunião ordinária, ter conferido ao dinâmico empresário, o citado título, no reconhecimento da sistemática contribuição que presta à esta instituição por meio de parceria.

O Instituto Federal – campus Machado mantém com a Associação Ambiental Cultivar, Acordo de Cooperação Técnica desde 2018, no desenvolvimento de diversos projetos e ações sociais. Na ação solene estiveram presentes, além do Reitor Prof. Marcelo Bregagnoli, Prof. Cléber Ávila Barbosa (Pró-reitor de extensão) e, pelo IF Campus Machado, marcaram presença o Prof. Carlos Henrique Reinato (Diretor), a Profa. Aline Manke Nachtigall (Diretora Desenvolvimento Educacional) e, o Prof. Roberto Camilo Órfão Moraes (Relações Institucionais). Estiveram presentes também, os filhos do homenageado, Luiz André Penha e Isadora Penha (ambos Diretores Executivos do Grupo Penha), acompanhados do Sr. Renato José de Melo, Superintendente da Cooperativa Mista Agropecuária de Paraguaçu (COOMAP).

O título de “Benemérito” é destinado aos serviços prestados ao desenvolvimento da educação, ciência, tecnologia e a sociedade em geral. Com esse título, o Empresário Luiz Henrique passa a ser um Cidadão Honorário em meio a toda estrutura do Instituto Federal do Sul de Minas. Essa condecoração é concedida às pessoas que tenham, reconhecidamente, prestado serviços ao Município, ao Estado, à União, à Democracia e, à causa da Humanidade.

 

         

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                                                          MOÇOES NA CÂMARA MUNICIPAL DE MACHADO

 
 
 

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